Pelo Estado 7/09 Campanha ao governo de SC deve esquentar depois do 7 de setembro

Pelo Estado 7/09 Campanha ao governo de SC deve esquentar depois do 7 de setembro

Campanha ao governo de SC deve esquentar depois do 7 de setembro

Em Santa Catarina, como dizem na margem direita, não basta ser bolsonarista, candidato tem de parecer bolsonarista. Então, nem que seja para fazer selfie, os candidatos irão para as ruas neste 7 de setembro. A disputa presidencial está cristalizada desde janeiro com Lula na liderança, na faixa de 45% das intenções de voto, Bolsonaro em segundo, com ligeiro crescimento para 32% depois de forte investida no público evangélico. A oscilação positiva de Ciro Gomes e Simone Tebet, com atração dos votos de indecisos e mulheres, aumenta o percentual de votos válidos e sinaliza que a disputa pode ir para segundo turno. No máximo isso, é baixíssima a indicação de reviravolta.

Aliás, a campanha de Bolsonaro estaria até moderando o tom das manifestações do feriado, em relação ao ano passado, para evitar perder indecisos.

A campanha estadual parece morna para quem vê de longe, mas está bem nervosa de perto. O candidato Jorginho Mello (PL) dobrou a aposta, em termos de recursos, em relação a Gean Loureiro (União Brasil). Pelo site da Justiça Eleitoral, Jorginho lidera a captação de receitas com R$ 6,2 milhões para a campanha. Gean mantém os R$ 3,3 milhões previstos desde o início da prestação de contas. Esperidião Amin é o terceiro colocado, com R$ 2,3 milhões em fundo eleitoral, seguido de perto por Carlos Moisés. A diferença é que o candidato à reeleição chega aos R$ 2 milhões com 85% em doação de terceiros, quase nada em recursos públicos. Resta saber se a aliança com o MDB vai se materializar a tempo de garantir o favoritismo governista nas urnas.

O favorito ao Senado, Raimundo Colombo (PSD), aliás, tem feito a campanha com recursos modestos comparado aos demais concorrentes. O ex-governador captou R$ 1,7 milhão. Celso Maldaner (MDB) já aponta a campanha mais cara com R$ 2,5 milhões, Dário Berger (PSB) tem R$ 2,2 milhões, e o candidato de Bolsonaro, Jorge Seif, que reúne apoio de grandes empresários como Luciano Hang, declara R$ 2,1 milhões.

 

Foto Hermínio Nunes/Divulgação

É de todos

O candidato ao Senado Afrânio Boppré (Psol/Rede) defende que nenhum brasileiro entregue a bandeira brasileira e a camisa da seleção ao bolsonarismo. “A extrema direita e a direita bolsonaristas tentam roubar esses símbolos, mas eles são nossos, de todos nós, que amamos e lutamos por dias melhores. Os símbolos nacionais não podem ser usados como propriedade privada de alguns”, gravou ele para o horário eleitoral gratuito.

 

 

Agora vai

Para o ex-governador e presidente do Brde, Eduardo Pinho Moreira, a campanha para o governo, como um todo, está parada. “A polarização nacional se sobrepõe à disputa estadual, mas isso é algo que vai ser vencido, já está sendo, nas ruas”, disse no dia em que Carlos Moisés passou o governo por 30 dias a Moacir Sopelsa.

Vai ajudar

O ex-governador Leonel Pavan pretende se envolver na campanha à reeleição de Carlos Moisés. Ele está impressionado sobre como esse pleito se tornou municipal. “As eleições estão muito nas mãos dos prefeitos. Estou me comunicando muito com prefeitos do PSDB e, há dificuldades, mas o envolvimento será maior daqui pra frente”, arrisca. A Federação PSDB Cidadania decidiu pela aliança com o PP de Esperidião Amin que concorre com o tucano Dalírio Beber como candidato a vice.

Celos

Perto de completar 50 anos em 2023, a Fundação Celesc de Seguridade Social informa que atende quase 10 mil famílias nos planos previdenciários e 22,3 mil nos planos de saúde. No ano passado, a Celos pagou mais de R$ 245 milhões em benefícios previdenciários e R$ 156 milhões em serviços de saúde. Preocupada em atender o público feminino, a Celos lançou recentemente o Programa Gestar, em parceria com a AxisMed, para suporte clínico e emocional à mãe e ao bebê até que complete quatro meses.

Conterrâneo

Rogério Pacheco, prefeito de Concórdia e presidente do PSDB, compareceu à posse do conterrâneo Moacir Sopelsa no Centro Administrativo. Firme na composição com o PP de Esperidião Amin e o PTB de Kennedy Nunes. “É uma eleição muito rápida, mas estou otimista e espero que, dentro do que planejamos, possamos fazer o maior número de deputados junto com o Cidadania que faz parte da Federação e, quem sabe, estar no segundo turno e avançar nesse projeto”, estimou. Cada campanha tem menos tempo e menos envolvimento, analisa, mas nos bastidores é intensa. “São estratégias diferentes, hoje as redes sociais têm um papel muito grande na aproximação do eleitor, mas muita coisa vai acontecer ainda, não tenha dúvida.”

Caminho das pedras

“O MDB é muito forte em pequenos e médios municípios, isso torna difícil ter uma visão da militância. Nesses municípios, o MDB tem um eleitorado muito fiel que só precisa saber quem é o candidato do partido, não precisa ser convencido. O eleitorado do MDB sempre apareceu. Nos momentos mais difíceis do MDB, a votação sempre foi mantida. É tranquilo, o voto virá”, confia o advogado, escritor e conselheiro do partido Adélcio Machado dos Santos. A expectativa de rebelião nas prévias: foi superada. A resistência quando Eduardo Pinho Moreira desistiu da candidatura própria para apoiar Raimundo Colombo: foi superada. Os dirigentes municipais são antigos e têm ligações fortes com a cúpula estadual. “O que as bases precisavam era essa visão de qual é o caminho do MDB. A posse de Sopelsa mostra o caminho. Agora, todos vão trabalhar”, aposta.

 

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Produção e edição

ADI/SC jornalista Adriana Baldissarelli (MTb 6153) com colaboração de Cláudia Carpes. Contato peloestado@gmail.com