As ocorrências causadas pelas chuvas são inúmeras e fica até difícil de não dar os desdobramentos da tragédia. Além da previsão de mais chuvas, dos riscos de desabamentos, da quantidade de famílias desabrigadas e dos diversos municípios em estado de emergência, agora, a Fecomércio realizou uma sondagem junto aos empresários de diversos setores para identificar os principais impactos causados pelas chuvas fortes.
A redução média no faturamento das empresas que participaram da sondagem foi de 35,5%. Individualmente, o setor de comércio apresentou perdas de 36,4%, o turismo de 35,6% e os serviços mostraram queda idêntica a da média do levantamento, 35,5%. Ainda em termos de faturamento, regionalmente, as perdas apresentaram maior amplitude. Por um lado, as empresas do Vale do Itajaí indicaram os maiores recuos nas receitas, 40,0%, enquanto as do Sul do estado calcularam reduções da ordem de 28,8%. Entre os empresários, a principal queixa é em relação aos danos na infraestrutura. A maioria deles afirma ter tido prejuízos com o estabelecimento físico do negócio e o principal dano relatado foi os problemas relacionados às vias de acesso ao estabelecimento, com dificuldades para o abastecimento de mercadorias pelos fornecedores. Desde o começo deste mês já causaram problemas em 28 rodovias estaduais, as chamadas SC’, com 68 trechos afetados.
Saindo das rodovias, o fechamento do canal de acesso ao Complexo Portuário do Itajaí-Açu, em Itajaí e Navegantes, devido às condições climáticas, resultou na interrupção temporária das manobras de navios e em um prejuízo milionário. Já são 37 sem conseguir atracar, 4 na fila de espera e, nos próximos dias devem chegar nos próximos dias. Segundo a estimativa do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região, cada dia parado resulta, para um único navio, prejuízos entre 30 mil e 50 mil dólares.
Já na agricultura, o prejuízo chega a R$ 101 milhões, podendo aumentar, de acordo com um levantamento feito pela Amesc e Amrec. As culturas de arroz, milho, fumo e a produção de leite foram as mais afetadas.
Bancada do Oeste
Os deputados que integram a Bancada do Oeste na Assembleia Legislativa se reuniram para ouvir os encaminhamentos realizados pelo governo do Estado referente a três pleitos do colegiado: ampliação da rede de internet rural, apoio aos produtores de leite e expansão do número de voos de passageiros entre as cidades catarinenses. Além dos secretário de Estado, Marcelo Fett, Valdir Colatto e Cleverson Siewert, também estiveram presentes na reunião os deputados Mauro de Nadal (MDB), que preside a Alesc, Fabiano da Luz (PT), Maurício Eskudlark (PL), Padre Pedro Baldissera (PT), Altair Silva (PP), Neodi Saretta (PT); o secretário de Estado da Casa Civil, Estêner Soratto; e o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa.
ANTT
Políticos e empresários do Norte catarinense participarão de uma reunião na ANTT para discutir investimentos na ampliação da BR-101 na região de Joinville. O encontro foi marcado pelo senador Esperidião Amin (PP) e o deputado Darci de Matos (PSD), e será realizado no dia 31, em Brasília. Esta será a oportunidade de demonstrar a importância das obras na rodovia para Santa Catarina e no pedido que será entregue estão a inclusão de novas ruas laterais, ampliação de marginais e construção de viadutos.
Novas contratações
Esta semana, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) realizou a recepção dos 45 profissionais aprovados, no concurso público feito este ano, autorizado pelo Grupo Gestor de Governo (GGG), para os cargos de técnicos agrícolas (10), engenheiros-agrônomos (15), assistentes administrativos (19) e analista de tecnologia da informação (01), que irão atuar na Defesa Agropecuária de Santa Catarina. Os aprovados puderam manifestar o interesse pela vaga e escolher a cidade que iriam trabalhar, conforme a ordem de classificação no concurso. A necessidade das contratações já havia sido abordada pelo secretário de Agricultura, Valdir Colatto, em entrevista à Coluna.
SCGÁS
A Companhia de Gás de Santa Catarina, SCGÁS, ocupa o 24º lugar entre as maiores empresas de Santa Catarina. A distribuidora também ranqueia na 107ª posição entre as 500 maiores do Sul do Brasil. Os dados são referentes a 2022, foram levantados pelo Grupo Amanhã, com o apoio técnico da PwC. Em comparação com os resultados de 2021, a SCGÁS ascendeu 4 posições a nível estadual e 24 posições no ranking 500 Maiores do Sul, que é considerado o indicador regional de empresas mais importante do País.
Exportação
No acumulado de janeiro a setembro desse ano, o Estado exportou 491,7 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$ 1,20 bilhão. Na comparação com o mesmo período de 2022, houve alta de 10,2% em termos de quantidade e de 15,9% em relação ao valor. Com isso, Santa Catarina se mantém na posição de maior exportador de carne suína do país, já que foi responsável por 54,2% da quantidade e 56,2% das receitas das exportações brasileiras deste ano.
Supermercados
O desempenho dos supermercadistas e a importância do segmento para a economia de Santa Catarina pautaram o Encontro Empresarial da ACATS – Associação Catarinense de Supermercados, realizado na noite de terça-feira (17), em Florianópolis. Os números da Secretaria de Estado da Fazenda mostram que o setor conta atualmente com 2.389 contribuintes, emprega cerca de 217 mil pessoas e deve encerrar 2023 com R$ 51 bilhões de faturamento.
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Por Celina Sales para APJ/SC e ADI/SC
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